O
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mudou seu entendimento
sobre a ordem de votação do processo de impeachment, o que gerou
bate-boca no plenário. O primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur
(PRB-SP), leu no início da tarde desta quinta-feira (14/04) a decisão de
que a votação se dará alternando estados do Norte com estados do Sul e,
em seguida, o inverso. Com isso, os estados do Nordeste, onde o governo
tem mais votos, continuam a se manifestar somente ao final da votação.
A sequência será a seguinte: RR, RS, SC,
AP, PA, PR, MS, AM, RO, GO, DF, AC, TO, MT, SP, MA, CE, RJ, ES, PI, RN,
MG, PB, PE, BA, SE e AL. Em cada estado, será seguida a ordem
alfabética dos nomes dos deputados.
A decisão gerou bate-boca no plenário.
“Essa votação tem que começar dos estados do Norte e seguir até o último
estado do Sul. Qualquer coisa diferente desse método é mais uma manobra
de Eduardo Cunha. Ele tenta induzir o plenário desta Casa com mais uma
manobra”, disse Orlando Silva (PCdoB-SP).
“Está claro o regimento. O PT espalha
todo dia que tem 200 votos. Se tem 200 votos, por que está com medo? O
regimento é claro. A decisão tomada pelo presidente Eduardo Cunha está
correta. Não há dúvida. O resto é esperneio, desespero do Partido dos
Trabalhadores”, disse Mendonça Filho (DEM-PE).
Cunha pretendia começar a votação pelos
Estados do Sul, cujos deputados são majoritariamente favoráveis ao
impeachment. O PT, no entanto, apresentou ontem uma questão de ordem
questionando o procedimento.
“Nós exigimos que o regimento seja
cumprido, no sentido de que, na mesma votação, o senhor presidente chame
um estado do Sul e um estado do Norte, um estado de uma região e um
estado de outra região. Porque dessa forma, cumprir-se-a o regimento e
respeitar-se-ão de forma isonômica as regiões do Brasil e este
plenário”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) ao apresentar
questão de ordem na quarta-feira (13/04).
Fonte: Blog do Nill Junior
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