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Adriana Melo liderou grupo que primeiro identificou a zika em gestantes com fetos microcéfalos
Adriana Melo reclama sobre omissão na Saúde - Antonio Ronaldo / Correio da PB
RIO — Elas chegam do sertão. Trazem o primeiro filho no ventre. Têm 16, 17 anos e
são pobres, muito pobres. Vão a Campina Grande, cidade da Paraíba, em busca de
ajuda. De certo, recebem o diagnóstico de que os filhos não nascidos sofrem de
microcefalia associada à zika, cujos
sintomas elas apresentaram no início da gestação. Histórias de moças assim, mães
de primeira viagem, acumulam-se no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim
Amorim Neto. E desesperam a responsável pelo atendimento e pesquisa, a médica
Adriana Melo.
Adriana liderou o grupo que primeiro identificou no Brasil o vírus zika no líquido amniótico de gestantes com fetos
microcéfalos. Ela não viu ainda sinais concretos de assistência para essas mães
e seus filhos. Lamenta a desinformação e a falta de testes para se afirmar com
certeza se as grávidas tiveram zika:
— O que o Ministério da Saúde está fazendo de concreto por essas crianças
agora? Ainda não vi. Pernambuco montou um centro de atendimento. E aqui temos
recebido muita ajuda da prefeitura de Campina Grande. Mas somos um município
pobre e recebemos pacientes de todo o estado.
Fonte: O Globo.
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