Cinco países recomendam evitar gravidez

Na batalha contra a zika, cinco governos de países do continente americano — Colômbia, Jamaica, República Dominicana, Equador e El Salvador — recomendaram em comunicados oficiais que mulheres em idade reprodutiva evitem engravidar nos próximos meses. Desde que o vírus se espalhou pela região, esses países lançaram mão de orientações rigorosas para a prevenção de casos de microcefalia em bebês. O alerta parte da comprovação de que há relação entre a microcefalia e o surto de zika, especialmente no Brasil.
Em El Salvador, o Ministério da Saúde sugeriu às mulheres adiar a gravidez por pelo menos dois anos. No país, 5.397 casos de contaminação foram registrados desde o ano passado. Ao todo, 96 grávidas podem ter contraído o vírus, mas até agora nenhuma teve bebê com microcefalia. Na Colômbia, onde há 560 confirmações de gestantes com a doença, o tempo recomendado de espera para engravidar foi de seis a oito meses.
Equador e República Dominicana alertaram para os riscos associados à microcefalia sem indicar prazos específicos. A Jamaica não registrou ainda ocorrências da zika, mas o governo também pediu que as mulheres atrasem a gravidez, já que é só uma questão de tempo para que o vírus chegue ao país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, na segunda-feira, que todo o continente americano deve ser atingido, com exceção de Chile e Canadá.
Os pedidos para se evitar a gravidez provocaram críticas nas redes sociais e meios de comunicação, principalmente na Colômbia e em El Salvador. Movimentos pelos direitos das mulheres destacaram o alto índice de gestações não planejadas na região. Em meio à reação da opinião pública, a ministra da Saúde salvadorenha, Violenta Menjívar, amenizou o tom alarmista e disse que não defende um “controle de natalidade”, mas um alerta sobre os perigos.

Fonte: O Globo.

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